PALAVRAS DE SEDA

Escrever passou a ser necessidade diária, como a respiração mantém o corpo vivo, o ato de escrever mantém minha alma solta para trafegar pelo mundo dos sonhos.
Ao me deixar levar pelas palavras visualizei novo horizonte e criei asas. Voei.
Em vinte anos escrevi dezenove livros em vários estilos: conto, crônica, poesia, romance e biografias.
Alguns de meus livros biográficos foram livremente inspirados para o cinema e TV. Ganharam prêmios.
O importante é continuar escrevendo, registrando histórias e estórias para que a memória não se perca no mundo digital.
De tanto escrever biografias resolvi deixar o registrado meu ensaio biográfico cujo viés é meu Anjo da Guarda. Pode parecer um pouco estranho, porém é bem real. Por isso, acesse também o meu blog "Os Anjos não envelhecem", eu disponibilizei meu livro na íntegra, onde constam fotografias e documentos. O livro físico está esgotado.
Viaje através das palavras. Bem-vindo (a).

















































































































segunda-feira, 14 de novembro de 2016

15 DE NOVEMBRO - PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA


AS ESTRELAS NA BANDEIRA NACIONAL



Antes de falar a respeito da Bandeira Nacional Brasileira atual, preciso informar que a Bandeira do Brasil Imperial teve cerimônia de bênção e distribuição no dia 10 de novembro de 1822. Nela constavam 19 estrelas representando as províncias brasileiras.
 
ESTRELAS:

Dentro do contexto mundial, alguns países usam o simbolismo das estrelas na Bandeira Nacional, porém são pouquíssimos que as usam em forma de constelação. A constelação Cruzeiro do Sul, consta nas Bandeiras da Austrália e da Nova Zelândia, por serem países meridionais.

Apenas o Brasil tem na Bandeira uma representação celeste com várias constelações e esse é um valioso patrimônio visual da identidade brasileira. Ao longo dos anos estudiosos têm feito uma minuciosa pesquisa a esse respeito e descobriram muitas razões para preservar e identificar este rico componente simbólico.

Em um estudo mais apurado o historiador Raimundo Olavo Coimbra, em 1979, publicou que: “Qualquer coisa que se diga desse ‘céu imorredouro’, ficará o lance genial dos positivistas em ir buscar no firmamento, no palácio universal da luz, os testemunhos de uma ocorrência histórica”
Para os que não sabem, é bom que fiquem a par de uma linda verdade: o céu estrelado representado na Bandeira do Brasil é o mesmo céu que brilhou na hora da Proclamação da República, às 8h30, do dia 15 de novembro de 1889. Sim, o nosso símbolo augusto da PAZ, traz estampado a grandeza de um Brasil cheio de esperança.  


Além de representar o céu que abençoava o dia 15 de novembro de 1889, as estrelas da Bandeira do Brasil, também representam os estados brasileiros. Ideia inspirada na bandeira que foi feita às pressas, no mesmo dia da proclamação da República, para substituir a Bandeira Imperial. Ela tremulou no mastro e foi proclamada: ‘Bandeira dos Estados Unidos do Brasil’ onde a orla azul continha 19 estrelas representando as províncias (estados) do Brasil.


Depois de quatro dias sob pressão dos positivistas que viam na bandeira uma cópia da bandeira dos Estados Unidos da América, o novo governo estudou uma maneira de unir os símbolos e as cores da bandeira do Império: as estrelas, as formas: retângulo, losango e círculo; as cores: verde e amarelo; e a bandeira da nova República: as estrelas e a cor azul. 
Os positivistas tiveram a divina inspiração de fazer do círculo (forma que já existia na bandeira Imperial) uma abóboda celeste com as estrelas em um formato totalmente diferente, igual às constelações que presenciaram e abençoaram o momento solene da proclamação da República no Brasil. Para isso precisaram da Carta Celeste do dia.

 
Com a certeza de que estavam marcando época e através da simbologia perpetuando um raro momento de liberdade, cada estrela da Bandeira do Brasil ficou timbrada a um estado da federação, atualmente no total de 27 estrelas.
 
“A presença do céu na Bandeira nos remete antes de tudo à noção de longevidade e permanência, em se tratando de um registro cósmico do momento da implantação do regime” nos afirma Joaquim Redig.
 
Porém, há necessidade de explicar a razão do céu da Bandeira estar astronomicamente na posição invertida. As constelações estão espelhadas, porque o céu da Bandeira está representado de fora do planeta para dentro, como se o observador estivesse no espaço. Por isso vemos o Cruzeiro do Sul com sua estrelinha central à esquerda, já que no céu ela está à direita.
Assim, imaginamos Deus olhando para nossa Bandeira e nos abençoando, afinal... Deus é Brasileiro!
 
Assim, cada brasileiro ao olhar para a Bandeira Nacional visualizará o abençoado céu que nos protege: “Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre sagrada bandeira, Pavilhão da justiça e do amor!”
 

Rita Elisa Seda

Fonte de pesquisa: REDIG, Joaquim. Nossa Bandeira. Rio de Janeiro: Editora Fraiha, 2009.

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